- Essas foram as melhores férias da minha vida! - Julia declarou, arrastando sua mala para o salão.
- Foi mágico. - eu disse, num meio abraço com o Justin.
- Foi mais que mágico! - ele me corrigiu, inclinando-se para me beijar. Fechei os olhos e me concentrei no momento, em seus lábios macios pressionados contra os meus.
- Qual é a de vocês? - Chaz perguntou interrompendo. Virei para ele com a cara fechada.
- Hãn?
- Tipo, qual é a situação? - explicou - Porque você só estão nos amassos e não falam nada.
- Huh. - olhei para o Justin esperando ele me responder. Na verdade eu queria saber isso já a algum tempo.
[Ouçam a música enquanto leem, e se quiserem ver a tradução é legal]
Ele pigarreou, ajeitou a gola da blusa e se ajoelhou no chão, prendi a respiração. O Justin segurou uma de minha mãos e a beijou.
- Gostaria de ser a minha namorada?
- Mais que tudo! - e me joguei nele, entrelaçando os dedos em seu cabelo.
As vezes você passa tanto tempo de sua vida desejando uma coisa que quando ela se torna realidade parece fazer parte de mais um dos muitos sonhos.
- Qual é o discurso? - Ryan segurava algo que deduzi ser um microfone, a voz grossa parecendo a de um locutor de futebol.
Sorri para o Justin e me virei para o "microfone" que Ryan segurava.
- É uma coisa extraordinária quando conhecemos alguém com quem podemos dividir a nossa alma... Quem nos aceita como somos. Eu tenho tentado pelo o que parece um tempo muito longo superar o que eu sou e com o Justin sinto que finalmente posso começar. - suspirei nervosa pela primeira vez realmente me declarando na frente dele - Nenhum espaço de tempo com você seria suficiente, comecemos com o para sempre.
Nota: Esse é o discurso de Edward em Amanhecer e eu achei ele muito lindo e achei que combinaria perfeitamente com a nossa IB.
- Eu sei que pode parecer muito cedo para eu ficar dizendo coisas por aí, mas eu sei que você é minha garota favorita e me desculpe por demorar tanto para perceber isso. Eu realmente te amo. E sei que não sou mais o mesmo sem você do meu lado.
- Justin... - minha voz saiu chorosa
Parecia um milagre que ele ainda estivesse alí, sem evaporar nem nada como sempre acontecia em meus sonhos. Ele estendeu a mão e meu coração martelou, instável. Era a primeira vez que andávamos juntos agora como namorados.
O salão estava vazio, provavelmente todos já tinham ido para o estacionamento.
- Poxa, a gente perdeu o falatório de despedida. São tão emocionantes... - Julia se queixou vendo o salão sem um alma viva, a não ser a gente é claro.
- Mas nós vimos um outro falatório em compensação. - Sally disse olhando com malicia para a minha mão entrelaçada com a do Justin.
- E tão emocionante quanto. - Demi completou.
Escondi o rosto no ombro do Justin, respirando o seu cheiro.
- O casalzinho feliz quer que eu vá buscar uns passarinhos pra ficar voando e cantando em volta de vocês? - Christ que ficou calado esse tempo todo, brincou.
- Não seria nada mal. - Justin afagou minhas costas.
- Hora de ir embora. - disse.
- Estacionamento lá vamos nós. - brinquei.
- Todos que arranjam um namorado começam a fazer essas piadinhas sem graça que só eles riem? - Ryan cochichou alto o bastante para a gente ouvir. - Tipo o Chaz e a Sally ficaram assim...
Chutei sua canela, e fomos arrastando nossas bagagens para o estacionamento.
***
- É impressão minha ou está acontecendo algo de diferente? - minha mãe perguntou enquanto dava a partida no carro.
- Claro! - Ryan anunciou quando eu ainda estava procurando as palavras para descrever tudo o que tinha acontecido no final de semana - Sua filha arranjou alguém pra ficar agarrada.
Corei, e o Justin olhou para mim com aquela cara de "eu não estou aguentando segurar a risada"
- Tia [nome da sua mãe], não se preocupe. O que o Ryan estava querendo dizer é que a [SN] e o Justin se ajeitaram e estão namorando! - Julia explicou e depois que acabou deu um tapa na cabeça de Ryan que ia no banco da frente do carona.
- Ahh minha filha. - ela olhou pra trás com os olhos brilhando - Porque não me ligou pra avisar?
- Achei que seria melhor pessoalmente. - sorri sem jeito, a verdade é que eu ainda não podia falar algo que eu não sabia, o Justin só foi me pedir em namoro hoje...
- Tá tá! - disse fazendo um floreio com a mão enquanto dava um olhada na estrada e se voltava novamente pra mim - Me dê os mínimos detalhes!
- Mãe! Olha pra estrada! - eu gritei quando ela desviou bem a tempo de um caminhão que vinha voando na estrada. - E o Justin está aqui, não dá pra falar com ele do meu lado...
Sussurrei a última parte, mas tenho a sensação de que todo mundo ouviu porque eles estavam rindo.
- Lá em casa! - ela me deu um última olhada e dessa vez não voltou a se desconcentrar de novo e nós não corremos novamente o risco do carro se transformar numa lata de sardinha.
O Justin me abraçou e eu deitei a cabeça em seu ombro, passamos o resto da viajem assim... Ryan falando merda, Julia concertando as merdas que ele falava e todo mundo rindo...
***
- Está fazendo o que, Justin? - me inclinei sobre ele para ver a tela do computador.
Já fazia uma semana desde que voltamos do acampamento e eu ainda não tinha superado a magia daquele lugar, se bem que tudo estava tão mágico aqui, com o Justin quando lá...
- Lembra que eu coloquei os vídeos das apresentações no youtube? - perguntou, concentrado na tela.
- Lembro sim.
- Acho que tem alguma coisa errada aqui... - ele coçou a cabeça e olhou para mim.
- Porque? - perguntei, agora confusa.
- Olhe quantas visualizações tem. - ele virou a tela do computador para mim.
- Wow isso é muito! - gritei meio que sem acreditar. Eu acreditava no potencial do Justin, só não acreditava que as coisas aconteceriam tão rápido.
***
[algum tempo depois... vocês já sabem o que acontece a partir daí né]
- Justin... - prometi a mim mesma que não choraria aqui, não na frente dele para fazê-lo se sentir pior ainda mas quando ví tudo alí na minha frente não consegui me segurar.
- Eu te amo, e eu não quero te deixar aqui. - ele disse me abraçando pela milésima vez, o apertei junto a mim querendo que ele nunca tivesse que sair dali.
- Você precisa ir. - eu disse chorando com a verdade em minhas palavras.
Eles suspirou levando a mão até o meu rosto e pegando cada uma de minhas lágrimas que escapavam freneticamente, agora seus próprios olhos já vermelhos.
- Eu já me despedi de todos, eles já tiveram todos os abraços que eu pudi dar. - o Justin disse me arrastando para um canto mais distante - Nesse tempo que me resta eu sou todo seu.
- Promete não me esquecer? - perguntei olhando-o nos olhos a espera da resposta.
- Como eu poderia te esquecer? - revirou os olhos.
- Promete? - segurei-o pelos ombros sacudindo-o de leve.
- Eu prometo que nunca vou te esquecer! - disse beijando minha testa, levantei a cabeça e nossos lábios se encontraram. O Beijo estava ansioso como se nós dois estivéssemos tentando gravar tudo aquilo para relembrar pelo longo tempo a frente que teríamos que enfrentar sem os lábios um do outro por perto... salgado, com as nossas lágrimas que se misturavam e triste.
Sentamos no chão gelado de linóleo do aeroporto e ficamos lá abraçados, apertados, quase nos fundindo um com o outro, chorando, se lamentando, se despedindo, se beijando, se tocando, temerosos a medida que o ponteiro do relógio principal se adiantava parecendo correr e eu não podia descrever tamanha dor que eu sentia como se o Justin levasse um pedaço de mim em sua bagagem e por mais egoísta que parecesse, ás vezes eu me pegava por desejar que nada disso tivesse acontecido, eu desejava o Justin só para mim e não queria ter que dividi-lo com o mundo.
As lágrimas quentes desciam deixando um rastro de dor pelas minhas bochechas, o coração apertando, minhas mãos agarradas na blusa do Justin pensando que talvez isso fosse impedi-lo... Eu queria o melhor para ele, e o melhor para ele agora estava longe de mim.
Soluçava em seu peito enquanto ele acariciava meu cabelo, eu ouvia o bater de seu coração acelerado, sentia suas mãos passeando por meus cabelos e com pesar ouvia seus soluços se misturarem com os meus. Já era bastante só eu sofrendo, não queria fazê-lo sofrer também.
Eu me sentia oca vazia, um coração batendo e ecoando no vazio e me perguntava como tanta dor podia caber no oco de um coração. Lembrava-me de um velho ditado que dizia algo como: "tudo o que é bom acaba cedo" e acabou cedo demais, talvez é até melhor não ter se você vai perder, é até melhor não ter e não saber do que ter e saber e sentir para depois tudo acabar como em mais um sonho mas dessa vez não era um sonho era de verdade e a dor também era de verdade, até demais. Pelo menos eu poderia passar noites a fio relembrando os momentos bons, poucos mas muito felizes.
Quando me veio a cabeça um poema de Charles Chaplin que eu tinha lindo em algum lugar...
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doloridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
E então eu sorri, na verdade para mim não parecia um sorriso era só a contração de um músculo mas não devia estar tão ruim assim, eu precisava ser feliz para fazer feliz, ou pelo menos parecer feliz.
- Não pode ser tão ruim assim... - eu disse levantando a cabeça para olhar em seus olhos, sentindo a mentira das minhas palavras queimarem em minha língua.
Seu olhar era confuso mas então ele sorriu se deixando convencer por mim.
- Eu prometo ligar todos os dias, eu prometo escrever, prometo te mandar emails e eu prometo voltar assim que eu puder. - ele disse se embolando nas palavras.
- Shhh... - coloquei o indicador sobre seus lábios - Não prometa algo que não sabe se poderá cumprir.
- Mas...
- Não prometa.
Vê-lo partir foi a coisa mais dolorosa da minha - não tão longa assim - vida. E depois que ele não podia mais me ver, meus ombros caíram com o peso, com o cansaço, um peso que eu sei que carregaria por muito tempo, quando não o visse na carteira de sempre na escola, quando ele não fosse mais me visitar em casa, quando ele não estivesse mais na casa dele esperando por mim. Não falei com ninguém e agradeci por ninguém falar comigo, não chorei, não fiz nada apenas fiquei quieta sendo apunhalada por dentro, fria, não demonstrei emoções e os dias seguiram assim, apenas espero que ele esteja melhor que eu.
Eu esperava horas a fio ao lado do telefone, esperava por notícias enquanto definhava, até que eu desisti.
Parecia um milagre que ele ainda estivesse alí, sem evaporar nem nada como sempre acontecia em meus sonhos. Ele estendeu a mão e meu coração martelou, instável. Era a primeira vez que andávamos juntos agora como namorados.
O salão estava vazio, provavelmente todos já tinham ido para o estacionamento.
- Poxa, a gente perdeu o falatório de despedida. São tão emocionantes... - Julia se queixou vendo o salão sem um alma viva, a não ser a gente é claro.
- Mas nós vimos um outro falatório em compensação. - Sally disse olhando com malicia para a minha mão entrelaçada com a do Justin.
- E tão emocionante quanto. - Demi completou.
Escondi o rosto no ombro do Justin, respirando o seu cheiro.
- O casalzinho feliz quer que eu vá buscar uns passarinhos pra ficar voando e cantando em volta de vocês? - Christ que ficou calado esse tempo todo, brincou.
- Não seria nada mal. - Justin afagou minhas costas.
- Hora de ir embora. - disse.
- Estacionamento lá vamos nós. - brinquei.
- Todos que arranjam um namorado começam a fazer essas piadinhas sem graça que só eles riem? - Ryan cochichou alto o bastante para a gente ouvir. - Tipo o Chaz e a Sally ficaram assim...
Chutei sua canela, e fomos arrastando nossas bagagens para o estacionamento.
***
- É impressão minha ou está acontecendo algo de diferente? - minha mãe perguntou enquanto dava a partida no carro.
- Claro! - Ryan anunciou quando eu ainda estava procurando as palavras para descrever tudo o que tinha acontecido no final de semana - Sua filha arranjou alguém pra ficar agarrada.
Corei, e o Justin olhou para mim com aquela cara de "eu não estou aguentando segurar a risada"
- Tia [nome da sua mãe], não se preocupe. O que o Ryan estava querendo dizer é que a [SN] e o Justin se ajeitaram e estão namorando! - Julia explicou e depois que acabou deu um tapa na cabeça de Ryan que ia no banco da frente do carona.
- Ahh minha filha. - ela olhou pra trás com os olhos brilhando - Porque não me ligou pra avisar?
- Achei que seria melhor pessoalmente. - sorri sem jeito, a verdade é que eu ainda não podia falar algo que eu não sabia, o Justin só foi me pedir em namoro hoje...
- Tá tá! - disse fazendo um floreio com a mão enquanto dava um olhada na estrada e se voltava novamente pra mim - Me dê os mínimos detalhes!
- Mãe! Olha pra estrada! - eu gritei quando ela desviou bem a tempo de um caminhão que vinha voando na estrada. - E o Justin está aqui, não dá pra falar com ele do meu lado...
Sussurrei a última parte, mas tenho a sensação de que todo mundo ouviu porque eles estavam rindo.
- Lá em casa! - ela me deu um última olhada e dessa vez não voltou a se desconcentrar de novo e nós não corremos novamente o risco do carro se transformar numa lata de sardinha.
O Justin me abraçou e eu deitei a cabeça em seu ombro, passamos o resto da viajem assim... Ryan falando merda, Julia concertando as merdas que ele falava e todo mundo rindo...
***
- Está fazendo o que, Justin? - me inclinei sobre ele para ver a tela do computador.
Já fazia uma semana desde que voltamos do acampamento e eu ainda não tinha superado a magia daquele lugar, se bem que tudo estava tão mágico aqui, com o Justin quando lá...
- Lembra que eu coloquei os vídeos das apresentações no youtube? - perguntou, concentrado na tela.
- Lembro sim.
- Acho que tem alguma coisa errada aqui... - ele coçou a cabeça e olhou para mim.
- Porque? - perguntei, agora confusa.
- Olhe quantas visualizações tem. - ele virou a tela do computador para mim.
- Wow isso é muito! - gritei meio que sem acreditar. Eu acreditava no potencial do Justin, só não acreditava que as coisas aconteceriam tão rápido.
***
[algum tempo depois... vocês já sabem o que acontece a partir daí né]
- Justin... - prometi a mim mesma que não choraria aqui, não na frente dele para fazê-lo se sentir pior ainda mas quando ví tudo alí na minha frente não consegui me segurar.
- Eu te amo, e eu não quero te deixar aqui. - ele disse me abraçando pela milésima vez, o apertei junto a mim querendo que ele nunca tivesse que sair dali.
- Você precisa ir. - eu disse chorando com a verdade em minhas palavras.
Eles suspirou levando a mão até o meu rosto e pegando cada uma de minhas lágrimas que escapavam freneticamente, agora seus próprios olhos já vermelhos.
- Eu já me despedi de todos, eles já tiveram todos os abraços que eu pudi dar. - o Justin disse me arrastando para um canto mais distante - Nesse tempo que me resta eu sou todo seu.
- Promete não me esquecer? - perguntei olhando-o nos olhos a espera da resposta.
- Como eu poderia te esquecer? - revirou os olhos.
- Promete? - segurei-o pelos ombros sacudindo-o de leve.
- Eu prometo que nunca vou te esquecer! - disse beijando minha testa, levantei a cabeça e nossos lábios se encontraram. O Beijo estava ansioso como se nós dois estivéssemos tentando gravar tudo aquilo para relembrar pelo longo tempo a frente que teríamos que enfrentar sem os lábios um do outro por perto... salgado, com as nossas lágrimas que se misturavam e triste.
Sentamos no chão gelado de linóleo do aeroporto e ficamos lá abraçados, apertados, quase nos fundindo um com o outro, chorando, se lamentando, se despedindo, se beijando, se tocando, temerosos a medida que o ponteiro do relógio principal se adiantava parecendo correr e eu não podia descrever tamanha dor que eu sentia como se o Justin levasse um pedaço de mim em sua bagagem e por mais egoísta que parecesse, ás vezes eu me pegava por desejar que nada disso tivesse acontecido, eu desejava o Justin só para mim e não queria ter que dividi-lo com o mundo.
As lágrimas quentes desciam deixando um rastro de dor pelas minhas bochechas, o coração apertando, minhas mãos agarradas na blusa do Justin pensando que talvez isso fosse impedi-lo... Eu queria o melhor para ele, e o melhor para ele agora estava longe de mim.
Soluçava em seu peito enquanto ele acariciava meu cabelo, eu ouvia o bater de seu coração acelerado, sentia suas mãos passeando por meus cabelos e com pesar ouvia seus soluços se misturarem com os meus. Já era bastante só eu sofrendo, não queria fazê-lo sofrer também.
Eu me sentia oca vazia, um coração batendo e ecoando no vazio e me perguntava como tanta dor podia caber no oco de um coração. Lembrava-me de um velho ditado que dizia algo como: "tudo o que é bom acaba cedo" e acabou cedo demais, talvez é até melhor não ter se você vai perder, é até melhor não ter e não saber do que ter e saber e sentir para depois tudo acabar como em mais um sonho mas dessa vez não era um sonho era de verdade e a dor também era de verdade, até demais. Pelo menos eu poderia passar noites a fio relembrando os momentos bons, poucos mas muito felizes.
Quando me veio a cabeça um poema de Charles Chaplin que eu tinha lindo em algum lugar...
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doloridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
E então eu sorri, na verdade para mim não parecia um sorriso era só a contração de um músculo mas não devia estar tão ruim assim, eu precisava ser feliz para fazer feliz, ou pelo menos parecer feliz.
- Não pode ser tão ruim assim... - eu disse levantando a cabeça para olhar em seus olhos, sentindo a mentira das minhas palavras queimarem em minha língua.
Seu olhar era confuso mas então ele sorriu se deixando convencer por mim.
- Eu prometo ligar todos os dias, eu prometo escrever, prometo te mandar emails e eu prometo voltar assim que eu puder. - ele disse se embolando nas palavras.
- Shhh... - coloquei o indicador sobre seus lábios - Não prometa algo que não sabe se poderá cumprir.
- Mas...
- Não prometa.
Vê-lo partir foi a coisa mais dolorosa da minha - não tão longa assim - vida. E depois que ele não podia mais me ver, meus ombros caíram com o peso, com o cansaço, um peso que eu sei que carregaria por muito tempo, quando não o visse na carteira de sempre na escola, quando ele não fosse mais me visitar em casa, quando ele não estivesse mais na casa dele esperando por mim. Não falei com ninguém e agradeci por ninguém falar comigo, não chorei, não fiz nada apenas fiquei quieta sendo apunhalada por dentro, fria, não demonstrei emoções e os dias seguiram assim, apenas espero que ele esteja melhor que eu.
Eu esperava horas a fio ao lado do telefone, esperava por notícias enquanto definhava, até que eu desisti.
FIM
EPÍLOGO
Há muito tempo comecei a contar esse dia que finalmente chegou. Arrumei as malas e fiquei acordado sem conseguir dormir imaginando como seria, como eles estariam... Não à nada melhor do que voltar às suas raízes.
- Será que vai demorar muito? - perguntei à minha mãe pelo quinta vez em um única minuto, quicando no banco do carro.
- Justin, tente se acalmar querido. - ela disse com sua voz calma, que as vezes me irritava. Como alguém pode conseguir ficar calmo em um situação dessas? - Tudo vai dar certo.
Murmurei algo como um "okay" e escorei a cabeça no vidro da janela quando o motorista anunciou:
- Se o endereço que vocês me deram está certo, então chegamos. - ele disse olhando estranho para um casa descuidada, a era tomando conta das paredes, as árvores do jardim descuidadas a copa indo para todas as direções, a pintura descascada, a grama mal-cuidada mas eu tinha certeza que era aqui e realmente era eu nunca me enganaria... talvez ele só tivessem esquecido de cuidar de algumas coisas em relação ao aspecto da casa.
- [SN]! - gritei empurrando a porta que se abriu num rangido sombrio, ouvi passos atrás de mim e olhei para ter certeza de que era minha mãe.
Por dentro estava ainda pior, os móveis cobertos com lençóis brancos que por sua vez estavam cobertos por um camada de poeira, esfreguei meu nariz e dei um giro 360 º para ver tudo na mesma situação.
Uma redoma encima da mesa do telefone me chamou a atenção. Soprei a poeira e a levantei, era um bilhete maltratado pelo tempo, mas poderiam se passar 1000 anos e eu reconheceria aquela caligrafia elegante em qualquer lugar.
Justin, - estava escrito na frente, desdobrei o papel e comecei a ler.
Eu sinto muito mas peço que quando estiver lendo este bilhete não se sinta culpado pelo que aconteceu, foi uma escolha minha, uma alternativa para a dor que me consumia a cada dia e você não me ligou, nem deu notícias então pensei que talvez tenha se arranjado por lá mas eu não tinha concerto nenhum, eu não poderia me arranjar.
Assisti a jornais e estou muito orgulhosa de você, quero dizer que sou uma Belieber e que acredito em você mais do que tudo. Tenha fé e as coisas darão certo. NEVER SAY NEVER.
Fiquei feliz com a sua felicidade evidente mas isso não foi suficiente, as coisas pioravam a cada dia e creio que escolhi a melhor das alternativas que me restaram... Eu sei que estou num lugar melhor agora, um lugar sem dor e estou olhando por você, cuidando de você de onde eu estiver e onde você estiver, com quem estiver, pense em mim e eu estarei com você para lhe proteger.
Me perdoe se algum dia te fiz sofrer... Eu te amo.
Um grito escapou de meus lábios e meus joelhos cederam enquanto Pattie sem ar dizia "uma carta suicida"...
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Meninas, então né... espero que tenham gostado da IB e me desculpem por tê-las feito esperar tanto tempo para ficar postando e obrigado por estarem comigo e me apoiarem sempre, esse tempo que passei com você foi ótimo e eu não trocaria essa experiência por nada. Me desculpem se alguma de vocês não gostou do final mas um final triste é sempre clássico e inesquecível... admito que chorei :/
Mas se vocês estiverem muito chateadas é só imaginarem o Justin voltado e os dois se encontrando no aeroporto se abraçando e ele rodando ela no ar e eles dando um beijo de tirar o fôlego, sim eu cogitei essa hipótese pro final mas acabei optando por um clássico final triste Shakespeariano.
Beijão para vocês e gostaria de dizer que sim eu pretendo fazer uma outra IB mas depois que eu descansar um pouquinho de toda a correria...
E não é porque esse é o ultimo capítulo que não precisa comentar pq precisa sim! RUM' eu vou ler todos e quem sabe eu dê o ar da graça e apareça aqui para respondê-los?
Bye and Thanks ;****